O quadro social, econômico e político que se verificava no
mundo no início da década de 1930 – o nazifascismo, a crise da Bolsa de Nova
Iorque, a crise cafeeira, o combate ao socialismo – exigia dos artistas uma
nova postura diante da realidade, uma nova posição ideológica.
O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas de
1930 e 40, nesse momento o romance brasileiro se destaca, pois se coloca a
serviço da análise crítica da realidade.
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"Vidas Secas", romance publicado em 1938 pelo escritor brasileiro Graciliano Ramos. |
Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas,
surgiu o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a
narrativa surrealista.
Já na América do Norte, a expansão do ensino superior e a
disseminação da televisão nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial possibilitaram
que pessoas comuns obtivessem informações por conta própria e se tornassem mais
sofisticadas.
A ascensão do individualismo de massa — bem como os
movimentos pelos direitos civis e contra a guerra dos anos 1960 — deu mais
poder a vozes antes emudecidas. Os escritores revelaram a sua natureza mais
íntima, bem como experiências pessoais, e a relevância da experiência
individual indicava a importância do grupo ao qual estava ligada. Homossexuais,
feministas e outras vozes marginalizadas exaltavam suas histórias. Escritores
judeus americanos e negros americanos encontraram grande público por causa de suas
variações do sonho ou do pesadelo americano.
Escritores de origem protestante, tais como John Cheever e
John Updike, discutiram o impacto da cultura do pós-guerra em uma vida como a
deles. Alguns escritores modernos e contemporâneos ainda estão ligados a
tradições mais antigas, como o realismo. Alguns podem ser descritos como
classicistas, outros como experimentais, estilisticamente influenciados pela
transitoriedade da cultura de massa ou por filosofias como o existencialismo ou
o socialismo. Outros são mais facilmente agrupados por etnia ou região. No
entanto, como um todo, os escritores modernos sempre afirmam o valor da
identidade individual.
Na América latina, a literatura era predominantemente oral
feita pela própria coletividade marginal. O chamado “romance regionalista”
(hispano-americano) não costumava apresentar, nesse contexto, a não ser o
resultado de um olhar desde o andar de cima, quase sempre racista e, segundo o
caso, divertido ou melodramático. Só em alguns romances relativamente “periféricos”
da época, como os de Juan Pablo Sojo (Venezuela), aconteceu uma verdadeira
aproximação, embora limitada, aos dramas humanos da periferia sociocultural.
Mas seja para contar “novas” histórias, seja por um
compromisso existencial político ou cultural dos setores referidos, muitos
escritores latino-americanos da década de 30 tentaram evocar os próprios dramas
dos marginalizados socioculturais. Alguns deles, narradores de ficção e ao
mesmo tempo antropólogos, etnógrafos ou folcloristas, alternaram de diferentes
maneiras a prática literária e o trabalho etnográfico. É o caso de Lydia
Cabrera, Mario de Andrade (Brasil) e José María Arguedas (Peru).
Pode-se analisar que a década de 30 foi uma fase de ruptura
que destruiu antigas estéticas no mundo da
arte. A literatura nas Américas passou a ser voltada para as raízes nacionais,
e a ideologia da época estava direcionada para a análise crítica da relação
entre o homem e a sociedade. A literatura passou então a considerar o homem
como um ser de conflitos interiores e traços emocionais.
Laura Borges Lopes Garcia
Leal - nº 15
Bibliografia:
http://www.revistas.usp.br/ls/article/view/18081/20145
http://www.embaixada-americana.org.br/HTML/literatureinbrief/chapter07.htm
http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil2-fase.htm
http://www.estudopratico.com.br/modernismo-geracao-de-1930/
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vidas-secas-analise-obra-graciliano-ramos-702012.shtml
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/vidas-secas-analise-obra-graciliano-ramos-702012.shtml
Laura, seu texto está bom. Sugiro:
ResponderExcluir2º parágrafo - Substitua a vírgula colocada após 40 por um ponto e vírgula.// Coloque uma vírgula após NESTE MOMENTO.
3º parágrafo - Escreva: (...) DESTACAM-SE JORGE AMADO (...).
4º parágrafo - Escreva: (...) SURGIRAM OS ROMANCES URBANO E PSICOLÓGICO (...).
6º parágrafo - Escreva: (...) DERAM MAIS PODER ÀS VOZES (...) e (...) INDICAVAM A IMPORTÂNCIA DO GRUPO AO QUAL ESTAVAM LIGADOS.
8º parágrafo - Coloque uma vírgula após ORAL.
Beijos, Eliana.