O continente europeu por ser
antigo e desenvolvido, é rico em cultura esteve grandes referências teatrais,
devido importantes acontecimentos que tiveram seus reflexos também na década de
30, tais como a Revolução Industrial, a Crise de 1929 e a Segunda Guerra
Mundial. A influência causada na sociedade, fez com que o teatro europeu fosse
marcado por diversas transformações, retratando elementos realistas e
fantasiosos.
Durante este período a
Europa ainda possuía alguns movimentos vanguardistas como o Expressionismo e
Surrealismo. O teatro expressionista surgiu na Alemanha na época da Primeira e
da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de retratar a subjetividade humana,
para os autores a realidade está nos sentimentos e não no que vemos. Ideando a
fuga da realidade e da convencionalidade teatral, o teatro surrealista é
marcado também pelas Grandes Guerras Mundiais, propondo a eliminação de enredo,
a falta de coerência, personagens que vivem fora da realidade.
Inspirados no Surrealismo e
no Expressionismo surge o Teatro do Absurdo e o Teatro Épico. A autoria das
peças de Eugéne Ionesco, caracterizado pelo enredo ilógico e as personagens
chocantes recebeu o nome de teatro do absurdo, que busca demonstrar o desatino
e a falta de soluções aos conflitos e indivíduos da época. O teatro épico
surgiu no início da Segunda Guerra Mundial, sendo uma oposição ao teatro
fantasioso e ao realista convencional, procurava retratar a realidade
politizada no socialismo, sendo ele a melhor maneira de convivência da
sociedade.
Alguns dramaturgos tiveram
enorme reverência durante esta época. O francês Antonin Artud é o maior
representante do surrealismo no teatro da crueldade, buscava através de suas
peças teatrais livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim
despertar o inconsciente da plateia. Bertold Brecht um dos maiores dramaturgos
alemão, produzia suas peças teatrais baseadas na realidade, de forma que o
espetáculo não envolvesse emocionalmente o público, para que o espectador pudesse
pensar no que ver de forma crítica.
O teatro europeu da década
de 30 não teve um padrão totalmente estabelecido, por ser uma época repleta de
acontecimentos importantes, que proporcionou a diferença entre as concepções
artísticas, tendo como domínios principais os realistas e os fantasiosos.
Bibliografia:
Por: Thaianne Gomes de Oliveira
Número: 31
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