Ásia: Música na Década de 30

        

           Música é uma manifestação artística e cultural. É usada de diferentes formas como, por exemplo, rituais religiosos, folclores de diferentes países e festas. Pode ser associado a um conjunto de sons organizados, composições bem elaboradas, ou improvisada de forma aleatória. Como é uma arte, também é uma forma de expressão.

      A Ásia abrange uma enorme variedade de culturas, etnias, línguas, religiões e tradições, mais do que qualquer outro continente. Esta diversidade faz com que o Oriente tenha uma das manifestações mais ricas e variadas, com características diferentes de música por região. Podemos distinguir em três áreas principais: Oriente Médio, tendo a sua influência na cultura Árabe; Ásia central e Oriental, dominada pela influência chinesa; Sul da Ásia, dominada pela Índia, cuja influência se estende para o Sudeste asiático. 

A Música em diferentes regiões da Ásia: 

Rússia (URSS) – Eurásia 

    

       O ano de 1932 marcou um movimento cultural de nacionalismo soviético. Neste mesmo período, o Ministério da Cultura fundou a União de Compositores Soviéticos (UCS). Músicos que esperassem apoio financeiro do partido Comunista foram obrigados a juntar-se à UCS. Todas as composições passavam pela a aprovação do órgão antes da publicação. Assim, através da UCS, o partido Comunista foi capaz de controlar o conteúdo e a direção da música russa.

    A noção de Realismo Socialista foi aplicada à música clássica. Assim como todos os outros meios artísticos foram obrigados a transmitirem essa ideia. Os músicos abandonaram o estilo ocidental, que já tinha influenciado muito a música oriental, em favor da tradicional melodia russa e soviética. Além disso, a música serviu como uma poderosa propaganda do governo de Stalin. A grandeza do Líder da União soviética tornou-se tema de inúmeras canções da época. A ópera de Ivan Dzerzhinsky, Tikhii Don, composto em 1935 se tornou o modelo para o Realismo socialista na música. Ao ver a ópera, o próprio Stalin elogiou o trabalho, já que apresentou temas de patriotismo.

        Os patriarcas de música da época eram Prokofiev, Shostakovich, Aram Khachaturian e Alexander Alexandrov, o último é o mais conhecido por compor o Hino da União Soviética e da música The Sacred War. Com o tempo, uma onda de compositores soviéticos mais jovens, como Georgy Sviridov, Alfred Schnittke e Sofia Gubaidulina tomou a vanguarda devido ao rigoroso sistema de educação Soviética.

Japão – Ásia Oriental

       A música japonesa deriva de tradições muito antigas da cultura popular e de influências do continente asiático que se encontraram ao longo da história. Esse fato também compreende a tradição musical de Okinawa e a tradição autônoma do povo Ainu de Hokkaido.

           As músicas populares japonesas podem ser classificadas em quatro grupos básicos: músicas religiosas, como as xintoístas sato kagura e as budistas bon; músicas de trabalho como as de plantação de arroz e as de marinheiros; músicas ocasionais para festas, casamentos e funerais; e músicas infantis, incluindo peças tradicionais (warabe uta) transmitida pelas gerações e músicas (doyo) escritas no século XX por notáveis poetas e compositores.

          Na primeira metade do século XX, a influência ocidental na música popular japonesa cresceu. Entretanto, enquanto os instrumentos ocidentais foram muito utilizados, tanto exclusivamente como em conjunto com os instrumentos tradicionais, as melodias continuaram baseadas na escala pentatônica japonesa. Nos anos 1930 uma quantidade crescente de música popular foi gravada, o jazz desempenhou um importante papel no desenvolvimento do cenário da música popular em bares e clubes. Embora tenha sido banido na II Guerra Mundial, desde então o jazz continuou a manter um reduzido, porém dedicado grupo de fãs e instrumentistas nativos, entre eles, Watanabe Sadao, Akiyoshi Toshiko, etc., são reconhecidos internacionalmente.

Ichirō Fujiyama (1911-1993)

Iraque – Oriente Médio 

        

        A música tradicional do Iraque é integrada por instrumentos como flautas, violinos, tambores e tamborins. Etnicamente, inclui música árabe, assírios, curdos e turcomanos, entre outros. Além da música tradicional desses povos, também inclui estilos musicais contemporâneos, como pop, rock e soul. Iraque é reconhecido principalmente por três instrumentos, o Oud, iraquiano Santur e Joza. Os mais renomados Oudistas são Ahmed Mukhtar, Naseer Shamma, Rahim Alhaj, Sahar Taha e Munir Bashir.

       

Salima Pasha (1900-1974)

 Durante o fim do século 20 e início dos anos 30, o Egito foi o centro para a música popular árabe, com alguns poucos artistas de outros países que atingiram o sucesso internacional. Os cantores eram mulçumanos, judeus e cristãos. No Congresso de Música árabe do Cairo em 1932, instrumentistas iraquianos, como o vocalista Muhammed al-Qubanchi, também participaram.  A cantora mais conhecida da década de 1930 foi, talvez, Salima Pasha. No mesmo ano os irmãos de Kuwait – Salih, um violinista, e Dawud, um instrumentista que toca Oud (instrumento em forma de meia pera ou gota, similar ao alaúde, instrumento do qual se distingue, sobretudo pela ausência de trastes), ganharam destaque. Salih e Dawud compuseram diversas músicas para Salima Pasha. Mais tarde. Salih tornou-se o músico mais proeminente do Iraque.

Nome: Yan Mateus Ribeiro N°: 37

Bibliografia: 

http://en.wikipedia.org/wiki/Ry%C5%ABk%C5%8Dka

http://en.wikipedia.org/wiki/Ichir%C5%8D_Fujiyama

http://www.yorku.ca/caml/en/review/31-2/conference.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Music_of_Iraq

http://en.wikipedia.org/wiki/Music_of_Russia

http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/musica.html